terça-feira, 21 de julho de 2009

EDITORIAL por Carlos Augusto

Chegamos ao mês de Junho,terceira edição do jornal Leia e Repasse, veículo de comunicação que prima pela crítica e auto-crítica.
Espaço de proposição de idéias, sem a mesquinhez habitual dos grupos que acreditam apenas em pessoas que pensem igualmente.
Neste terceiro mês de vida, trazemos textos sobre o papel do movimento estudantil e sua atuação na universidade, poesias na sessão SARAU, e com o texto “Do capital e a Educação” inicia-se a abordagem de uma série de artigos que irão tratar o assunto Educação - e de como é possível educar sem que esta esteja atrelada às rédeas do capitalismo.
Além de indicações literárias, musicais e cinematográficas, seguimos a tendência não de pensamento único, e sim, do choque de idéias - não acreditando no amoldamento crítico, e sim, na transformação através da luta e do argumento.
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“ ...seguimos a tendência
não de pensamento único,
e sim,
do choque de idéias... ”

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Na discordância do dia-a-dia, nasce a possibilidade de mudanças - este informativo é o primeiro passo dado, não apenas com as palavras que saem da boca, mas também com os pés e as pernas que pisam o chão que molda nossas consciências.
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FORMAÇÃO “SUPERIOR”

Alvo de comentários e críticas por vezes vazias e sem fundamento a respeito do papel que o jornal Leia e Repasse vem exercendo na UFSCar – Campus Sorocaba, cabe-nos um instante de reflexão para uma questão primordial: que tipo de universidade desejamos - uma universidade onde a ciência, a manifestação artística, a crítica, e o questionamento são bases fundamentais de sua estrutura, ou uma universidade aos moldes american way of life (como temos presenciado) onde usos e costumes são importados de forma a recriar uma situação a que não nos pertence, nem de longe, e uma vez aqui “adaptada”, afoga o que há de genuíno na raiz cultural, social e até esportiva do nosso país?
Nesse processo de construção do indivíduo como um agente transformador do meio, faz-se necessário antes de tudo uma mudança de mentalidade – passando dessa forma de uma concepção submissa à moral que permeia a sociedade, presa a um anacronismo doentio, para uma outra mentalidade de cunho vanguardista e desprovida de qualquer julgo coercitivo.
Então, qual a formação ideal? Aquela que lhe é imposta pela academia, ou a que se constrói nos corredores da troca de informação e idéias, bem como através das páginas amareladas e corroídas por traças dos exemplares não recomendados pelos doutores?

4 comentários:

  1. E quem nós garante a forma de apreciar o conhecimento além de nós mesmos ? E quem nos garante que a forma de criticar não é,também, um "american way of life" ? E quem nos garante que nós mesmos ja não somos nós mesmos e somos apenas uma sombra ao meio da multidão. A questão do espelho e do objetivo é sempre uma questão muito complexa para se abordar de uma maneira tão sutil, tão bela em palavras mas horrenda em conteúdo. Talvéz, se este espaço fosse utilizado de uma maneira menos discrepante, utilizando-se de palavras de livre arbítrio mas estampando bolos de receitas compradas na esquina. Há de se refletir sobre todos, tudo e mais um pouco quando se aponta o dedinho indicador ao rabo alheio! Pensem, enquanto são jovens, pois mais tarde sim terão a oportunidade de agir de uma maneira sensata, quando tiverem EXPERIENCIA.
    Grato "

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  2. RESPOSTA AO Sr. Comentarista,

    Partindo da idéia em que o questionamento levantado pelo Leia e Repasse
    atinge aos valores da pequena - burguesia, que reflete valores estranhos e
    aculturais do Brasil, temos em mãos matéria, bem como conteúdo
    sensato suficiente para tecermos a crítica pertinente enquanto
    orientação, ou melhor, um proposta libertaria aos grilhões que
    aprisionam o ser alienado...
    E viver histórias alheias do passado, no qual um dia ja se construiu
    historias, hoje, atermos a ela significa atraso saudosista... Cabe-nos,
    como agente transformadores, esse papel de construtores da História...
    a que essa EXPERIENCIA adquire-se nas atitudes tomadas durante os
    anos de nossa vida... e de que lado estivemos na história....
    Se marionetes facilmente manipulada, ou pedra no sapato da gestão que explora, oprime
    e faz o que bem entende das cabeças que compoe o rebanho humano...

    O Leia e Repasse

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  3. Enquanto a pedra for PEDRA, mesmo que com dificuldades, é removida e jogada ao LIXO. Liberdade é feita na mesma intenção e processo que o aprisionamento. Lembre-se, tropeçar em seu teclado para agir não se constroi caminhos mas sim labirintos.

    Quem sabe daqui uns 10 anos.

    Abraços

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  4. Resposta sucinta ao Sr. Comentarista:


    "O Futuro, é consequencia do presente"...






    e quanto às pedras, a história está aí pra provar que elas sempre existiram.............. e sempre existirão...


    O Leia e Repasse

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